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Jesus e o inferno


Alguns anos atrás uma senhora me presenteou com um livro. Amo ganhar livros! Mas aquele me chamou ainda mais a atenção. Era o livro “O amor vence”, de Rob Bell.


Aquela senhora não fazia ideia do livro que me dava! O título deve ter a chamado atenção! O livro em questão é uma defesa do universalismo.


O universalismo é uma corrente teológica que defende que no fim todos serão salvos. Dentre os universalistas existem aqueles que acreditam que todos serão salvos, até mesmo o diabo e seus anjos. Algumas vertentes do universalismo são aniquilacionistas, defendendo que Deus é tão misericordioso que não permite que alguém sofra o tormento eterno. Assim, os que não forem salvos simplesmente deixarão de existir.


Um dos teólogos da atualidade que defende o universalismo é o americano Rob Bell, teólogo formado no Seminário Teológico Fuller e que foi fundador da igreja Hill Bible Church, em Michigan, EUA.


Em 2012, Rob Bell, por ocasião do lançamento de seu livro “O amor vence” (publicado no Brasil pela ed. Sextante), concedeu uma entrevista à revista Veja, que foi de grande repercussão. Nessa entrevista, o teólogo afirmou descrer no inferno. Segundo ele, a amor de Deus é tão grande que todos serão salvos no final.


Em seu livro, ele afirma:


“Fizeram-nos crer que um seleto grupo de cristãos viverá eternamente em um lugar de paz e alegria chamado céu, enquanto o resto da humanidade será deixado para sempre no tormento do inferno”.[1]


E Bell ainda pergunta:


“Será que Deus castiga pessoas com o tormento infinito e eterno por coisas que elas fizeram nos seus poucos e finitos anos de vida?”[2]


Bem, não é meu proposito aqui dar uma resposta bíblico/teológica a essa posição. Isso já foi feito. Consulte, por exemplo, o excelente artigo de Carlos Oswaldo sobre isso, publicado no site “todahelohim”[3].


Minha intenção aqui é chamar atenção para o fato de que, embora o universalismo tenha sido já devidamente refutado por teólogos bíblicos, sua influência ainda está muito viva na prática. Vemos essa influência na inexistência do tema “inferno” em muitos púlpitos de hoje.


Em nossa igreja temos estudado os sermões de Jesus conforme registrados por Mateus. Ao todo são cinco e, sabe de uma coisa realmente surpreendente? Jesus mencionou o inferno em todos os cinco sermões. As expressões utilizadas são: Geena, Hades, fogo eterno, ou fogo do inferno. Acompanhe comigo:


No primeiro sermão (Mt 5-7), o Sermão do Monte, Jesus alerta sobre a justiça hipócrita dos fariseus em contraposição à verdadeira justiça (aquela que vem do Evangelho). A justiça hipócrita é um autoengano, pois deixa as pessoas confortavelmente enganadas, ao acreditar que cumprem a Lei, sendo que são réus do fogo do inferno. Veja:


“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão será passível de julgamento; quem o chamar de insensato, será réu diante do tribunal;* e quem o chamar de tolo, será réu do fogo do inferno.” (Mt 5.21,22).


No segundo sermão (Mt 10), Jesus adverte sobre as perseguições que viriam sobre os discípulos. Mas estes não deveriam temer:


“E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; pelo contrário, temei aquele que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mt 10.28).


No terceiro sermão (Mt 13), Jesus profere as parábolas do Reino. Nas parábolas do Joio e da Rede lançada ao mar Ele se refere ao fim dos tempos em que:


“O Filho do homem enviará seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino tudo que serve de tropeço, e os que praticam o mal, e os lançarão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mt 13.41,42)


Em seu quarto sermão (Mt 18), Jesus profere o “Ai” contra aqueles que causam escândalos aos “pequeninos” (os discípulos de Cristo). É nesse contexto que o Senhor diz:


“Portanto, se a tua mão ou o teu pé te fizer tropeçar, corta-o e joga-o fora; para ti é melhor entrar na vida defeituoso ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado no fogo eterno.” (Mt 18.8)


No quinto sermão (Mt 24), conhecido como “sermão escatológico”, Jesus fala sobre a Sua segunda vinda. Na conclusão do sermão, Jesus adverte:


“e lhe infligirá castigo e lhe dará o destino dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mt 24.51).


Diante do ensino de Jesus a respeito do inferno, precisamos refletir:


1- O inferno é uma realidade;

2- O inferno é o local de tormento eterno;

3- O inferno é o local de tormento eterno preparado para o diabo, os seus anjos, e todos aqueles que rejeitam a Cristo;

4- O inferno é a manifestação final da justa ira de Deus.

5- A única forma de sermos salvos da justa ira de Deus é a confiança exclusiva na morte e ressurreição de Jesus, o Deus que se fez homem.

6- A justa ira de Deus reflete Sua santidade. Deus não compactua com o mal. Não podemos viver uma vida como queremos, ir eventualmente na igreja, e achar que no fim “vai dar tudo certo”!


Por último, um alerta! Fuja dos pregadores de nossos dias que têm apresentado a você um Jesus pop, amigão, tolerante, permissivo, mas que é completamente diferente daquele das Escrituras!


pr. Nelson Galvão


Referências [1] Rob Bell. O amor vence. p. 8. [2] Ibid, p. 13 [3] https://todahelohim.com/2012/12/carlos-osvaldo-pinto-uma-resposta-rob.html

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