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  • indaiatubapibi

Vítima? Eu sou uma?


A nossa sociedade eliminou o pecado. O conceito de pecado foi relegado ao museu de uma Idade Média dita “obscurantista”.


A maior evidência disso são as inúmeras síndromes/transtornos que, a partir do séc. XX têm sido diagnosticadas pelos ditos “especialistas da alma humana”, os “almólogos” (segundo um amigo ironicamente os chama!).


Essas síndromes/transtornos são tão numerosas que foi necessário categorizá-las: Síndromes maníacas; Síndromes psicóticas; Síndromes relacionadas à sexualidade; Síndromes neuróticas.


Essa última síndrome me chamou a atenção. Ela é o diagnóstico de quem é: Ansioso; fóbico; obsessivo; histriônico; hipocondríaco; sofre de angústia frequente.


Aqueles que sofrem de alguma síndrome neurótica têm conflitos de relacionamentos interpessoais, como por exemplo:

✔ Dificuldade em lidar com o ressentimento;

✔ Luta com pensamentos internos;

✔ Frustração e insatisfação com o afeto que recebe de relacionamentos;

✔ Rigidez social.


É muito curioso que todas esses comportamentos foram transformados em "síndromes", pelos “almólogos” que, segundo estes, os pacientes seriam vítimas dessas “enfermidades”.


Em decorrência disso, os pecados agora são tratados como “transtornos”:


-O roubo agora é Furto compulsivo, ou cleptomania;

-A mentira é a compulsão pela mentira, mitomania;

-A vaidade/orgulho passaram a ser transtorno de personalidade narcisista;

-A desobediência da criança passou a ser transtorno desafiador opositivo;

-O legalismo (a característica de pessoas que possuem apego a seguir normas, regras e desejo de atingir a perfeição) passou a ser chamado de Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva;

-A ira passou a ser chamada de Transtorno de Personalidade Borderline;

-O egoísmo é chamado de Transtorno de Personalidade antissocial;


Enfim, é seguindo essa linha de raciocínio (ou melhor, “crença”) que se diz que nossa sociedade é uma sociedade doente.


Entretanto, a Bíblia não trata assim essas coisas. A Bíblia chama-as de:


“Sintoma crônico de relação interpessoal interrompida com a Fonte do ser”!!!!!!!!!


Calma, não vá procurar essa expressão na Bíblia!!! Ela é uma criação minha para, de maneira bem irônica, referir-me ao que a Bíblia chama de “pecado”.


Daniel não tratou os males que ele e sua nação sofriam como doença. Ele foi realista e não vitimista. O exílio e todos os males decorrentes eram fruto de pecado da nação.


É diante dessa consciência que Daniel se colocou em oração confessando o seu pecado e da nação:


“Pecamos e praticamos o mal, agindo com impiedade e rebeldia, apartando-nos dos teus preceitos e das tuas normas. Não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra.” (Dn 9.5,6).


Meu querido leitor, pare de agir como vítima! Assuma os seus pecados. Precisamos encarar de frente que:


-Nós vivemos em murmuração porque temos um coração insatisfeito em Deus;

-Nós somos críticos em relação a tudo e todos porque acreditamos que nossas opiniões e ideias são melhores do que a dos outros;

-Nós não perdoamos as falhas dos outros porque somos o juiz;

-Nossos filhos rejeitam o Senhor e a Igreja porque não os ensinamos a amar o Senhor e a Igreja.

-Vivemos aflitos em ataques de ansiedade e de pânico porque não confiamos em Deus

-Nos fechamos em nós mesmos porque as críticas dos outros nos tirariam do nosso ídolo, chamado “conforto”.


Lembre-se da parábola que Jesus contou do fariseu e do publicano (Lc 18.9 ss). A oração do fariseu era assim:


“Ó Deus, graças te dou porque não sou como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros, nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.”


O publicano também orou, mas nem mesmo levantava os olhos ao céu, mas lamentava-se profundamente, dizendo:


“Ó Deus, tem misericórdia de mim, um pecador!”


Jesus concluiu dizendo que o publicano foi justificado para casa, e não o fariseu.


Que o Senhor nos dê o coração do publicano! Que busquemos a Deus, mas não para nos justificarmos, nos colocando como vítimas da sociedade, do sistema, dos pais, do marido/esposa, do patrão, etc.

Entendo que, de fato, as pessoas pecam contra nós. Porém, os pecados dessas pessoas contra nós não definem quem somos. O que define o que somos são nossas próprias ações, ou omissões.


É com a consciência dessas ações, então, que devemos ir ao Senhor, em humilhação e confissão de nossos pecados. Afinal, “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (1 Jo 1.9).


Pr. Nelson Galvão



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