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Qual é o seu desejo?

Atualizado: 19 de abr.



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“Qual é o seu desejo?” Essa foi a pergunta do gênio da lâmpada, quando apareceu a Alladin. Desde a infância, essa lenda árabe sempre me chamou muito a atenção. Eu ficava imaginando os brinquedos que eu pediria se o gênio aparecesse para mim! Bem, agora adulto, como se diz, “os brinquedos mudaram”, mas, de vez em quando, me pego sonhando com o dia em que o gênio irá satisfazer meus desejos.

 

Porém, depois de todos esses anos, eu descobri que o gênio da lâmpada não é uma entidade fora de mim, mas meu próprio coração! Meu coração deseja e transforma aquilo em fonte de felicidade, seja isso saúde, uma boa conta bancária, casa, carro, harmonia na família, reconhecimento profissional, ou mesmo... tranquilidade!

 

O problema do gênio da lâmpada mágica é que nossos desejos nunca nos satisfazem, vamos sempre a outro, e outro, e outro. Daí, nos tornamos escravos do gênio chamado “nosso próprio coração”.

 

Você já conheceu alguém que conseguiu tudo o que queria? Alguém que teve todos os seus desejos atendidos pelo “gênio da lâmpada”? Salomão foi essa pessoa. Ele teve conhecimento, riquezas, poder e prazeres que poucos desfrutaram nessa vida!

 

Ele escreveu muito, e vários dos seus escritos foram registrados e chegaram até nós. Porém, tem algo que me chama muita a atenção na experiência dele de ter tudo o que desejou. É a conclusão que ele chegou ao conquistar tudo o que quis. Quer saber qual foi? Acompanhe comigo.

 

Vejamos o livro de Eclesiastes. Aqui Salomão menciona alguns exemplos que poderiam trazer felicidade.

 

a-  1.17 – Conhecimento;

b-  2.1 – Prazer (através da bebida, de empreendimentos, propriedades, riquezas)

c-   6.3 – Família e longevidade

 

Quem não gostaria dessas coisas? Salomão teve tudo, mas, sabe qual foi a conclusão que ele chegou? Está em uma expressão que se repete ao longo do livro: “tudo é correr atrás do vento” (1.2,14,17; 2.1,11,17,26; 3.19;4.8; 5.10,16; 6.9; 9.9; 11.8; 12.8).

 

O que significa correr atrás do vento? É algo ilusório, inútil. Em outras palavras, ter uma vida voltada a adquirir conhecimento, riquezas, posses, etc, é inútil, é correr atrás do vento.

 

Por que é inútil? Salomão explica:

 

“Todo o trabalho do homem é para a sua boca, e, contudo, nunca se satisfaz o seu apetite.” Ec 6.7

 

Aqui está a chave para entendermos essa questão. A cobiça vem acompanhada de insatisfação. A insatisfação trás infelicidade. Por isso é correr atrás do vento.

 

Qual seria a solução então? Alguns têm proposto que, uma vez que a cobiça traz insatisfação, então basta viver sem cobiçar nada, e aí viveremos satisfeitos com o que temos.

 

Ta ok, mas... como isso é possível? Não é possível! Nosso coração é idolatra! Ele sempre está à procura de algo mais! 

 

John Davison Rockefeller é conhecido como o americano mais rico de todos os tempos. Rockefeller revolucionou a indústria do petróleo. Em 1870, fundou a Standard Oil Company. Estima-se que em valores atuais sua fortuna seria em torno de US$ 78 bilhões. Quando perguntaram o que ela mais desejava, ele respondeu: “Apenas mais 1 dolar”.

 

Sendo assim, a solução não é simplesmente uma firme resolução de viver sem desejos! Essa não é a solução, porque não é possível! Qual seria a solução, então?

 

Jesus tratou sobre essa questão. Alguém o abordou e pediu que ele intervisse em uma demanda contra o irmão, a respeito de herança. Qual foi a resposta de Jesus? Veja:

 

“Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E ele arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” (Lc 12.15-21)

 

Veja que Jesus reafirma as palavras de Salomão. Viver em torno dos desejos, do acúmulo de bens é inútil, é correr atrás do vento! Entretanto, Jesus vai além. Vejamos o final do texto. Ele diz:

 

“Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” (Lc 12.21).

 

Perceba: “rico para com Deus”. O que isso significa? Vejamos, depois de advertir sobre os cuidados da vida, Jesus disse:

 

Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Lc 12.31).

 

Em Eclesiastes, Salomão só apontou o problema, mas não indicou a solução. Em Jesus temos a resposta. A chave está em uma reorientação da vida. Uma vida voltada não para as riquezas, mas para o Reino de Deus. Isso traz total satisfação. Ou seja, a solução para os desejos é direcioná-los para o lugar certo, ou a pessoa certa.

 

E o que é uma vida voltada para o Reino de Deus? Paulo experimentou isso. Vejamos:

 

Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24).

 

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” (Fl 1.21).

 

Perceba que Paulo entendeu o segredo! Viver para o Reino de Deus é dedicar a vida para Jesus Cristo. É tê-lo como o maior tesouro. E quando isso acontece, somos plenamente satisfeitos porque fomos criados exatamente para isso, para glorificá-lo e nos deleitar nEle.

 

Mas... muito cuidado! Não torne Jesus o seu gênio da lâmpada! Ele não existe para satisfazer os seus desejos! Ter Jesus como nosso tesouro significa deleitar-se na pessoa dEle.

 

Sendo assim, precisamos sempre voltar à pergunta: eu tenho corrido atrás do vento? Se é o caso, quero encorajá-lo a se voltar totalmente àquele que é o único capaz de satisfazer sua alma sedenta: Jesus Cristo.


pr. Nelson Galvão

 

 

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