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Pare de reclamar



Lembra do conto da Branca de Neve e os sete anões? Tenho certeza que sim! Mas acho difícil que você se lembre do nome dos sete anões. Me permita ajuda-lo: Atchim, Dengoso, Dunga, Feliz, Mestre, Soneca e Zangado.


Para mim, um dos anões mais curiosos é o Zangado. Ele é rude, impaciente, muito mal-humorado; vive irritado com os colegas e suas criticas são mordazes.


Por que ele é o que mais me chama a atenção? Porque me pareço muito com ele (confissões de um pastor!!!!!). Diante disso, a carta de Paulo aos filipenses tem me confrontado muito e me ajudado a discernir a minhas atitudes que não refletem a obra de Cristo por mim.


Em Filipenses 2.12, Paulo exortou os crentes de Filipos a realizarem a sua salvação. Isso significa colocar em operação a salvação que eles já haviam sido agraciados pela pessoa e méritos de Cristo. Em outras palavras, uma vez alcançados exclusivamente pela graça de Deus, derramada através da cruz de Nosso Senhor, agora devemos nos valer dessa mesma graça a fim de que os efeitos da salvação em nosso caráter e vida sejam cada vez mais patentes.


Paulo esclarece como isso se dá na prática: “Fazei todas as coisas sem queixas nem discórdias” (Fl 2.14).


Os relacionamentos do cristão são o foco da exortação de Paulo desde o início da carta ao filipenses. O apóstolo orou para que o amor dos filipenses aumentasse (Fl 1.9); alertou que alguns anunciavam Cristo por discórdia e inveja (Fl 1.15); instruiu para que permanecessem firmes num só espírito (Fl 1.27); exortou quanto à unidade por meio da unidade e serviço, com o mesmo sentimento que houve em Cristo (Fl 2.1-4).


É nesse caminho que Paulo diz que os filipenses deveriam colocar a sua salvação em operação, e isso significa que todas as suas ações deveriam ser pautadas pela ausência de queixas e discórdias. Isso porque nossas queixas e discórdias não refletem um coração grato a Deus pelo o que Ele fez por nós.


Faça uma avaliação de si mesmo. Como você era quando foi salvo por Cristo? Passou-se 5, 10, 15 anos. Como você é agora? Continua sendo “pavio curto”? Continua a reclamar da mesma forma? Clima, comida, trabalho, marido/esposa, pais, filhos, igreja, pastor, pregação, líderes, música... até mesmo diretamente de Deus?


Relacionadas às reclamações estão as discórdias. Quem vive em reclamação, um dia explode! O coração quando não é preenchido pelo Evangelho é um reservatório que explode em reclamações, e as reclamações detonam as discórdias.

As queixas funcionam como um quarto fechado cheio de poeira e que ao mover a vassoura aleatoriamente, de um lado para o outro, além de não limpar, a poeira sobe e termina nos sufocando (as discórdias).


E qual seria a solução? Paulo responde aos filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4.4). Uma vez que nossa plena satisfação está em Cristo, nossos pensamentos devem ser direcionados a “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama” (Fl 4.8).


Queridos irmãos, temos sido como o Zangado? Se for o caso, precisamos nos arrepender. Supliquemos humildemente que o Senhor nos de um coração grato por aquilo que Ele fez graciosamente por nós por meio de Cristo.


Pr. Nelson Galvão


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