No Espaço de Convivência de nossa igreja algo tem me chamado a atenção. Uma pomba está construindo seu ninho no terreno do vizinho dos fundos. Ela vem todos os dias cedo à procura de gravetos. Ela procura cuidadosamente no gramado, seleciona o graveto a partir do tamanho que quer, e alça voo com ele no bico até a localidade do ninho que está construindo. Em seguida, retorna para mais um graveto.
Isso me fez lembrar do Sermão do Monte. Neste, Jesus nos recomendou a olhar para as aves do céu. Jesus disse:
“Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros; mas vosso Pai celestial as alimenta. Acaso não tendes muito mais valor do que elas? (Mt 6.26)
Por que Jesus nos fez essa recomendação? Porque Ele advertiu a não vivermos em ansiedade quanto à nossa vida, com o que comeremos, ou com o que beberemos (Mt 6.25).
É fato que aqui e acolá somos assaltados com as apreensões da vida. Somos levados à paralisia emocional quando nos deparamos com situações que nos tiram a segurança. O que será desse ano? As guerras no Leste Europeu e no Oriente Médio vão acabar, ou terão uma escalada global? A política econômica do atual governo vai melhorar a vida dos brasileiros? Conseguirei um novo emprego? Darei conta de pagar as contas? Será que terei uma promoção? Conseguirei trocar o carro? Vou dar conta de pagar o aluguel, ou terei que mudar para uma casa mais barata? Aquela situação com minha família será resolvida? O médico me atenderá devidamente no tratamento de minha doença?
Diante dessas apreensões então, somos encorajados a olhar para as aves. No argumento de Jesus, Ele nos leva a perceber que Deus, o Nosso Pai, cuida das aves. É Ele quem as alimenta! Ora, uma vez que Ele cuida de seres tão pequenos e menos complexos, como não cuidaria de nós, aqueles que foram feitos à Sua imagem e semelhança, e objetos de Seu amor especial, a ponto de enviar Seu único Filho para morrer por nós?
Então, vá no quintal de sua casa, na praça, ou no parque. Pare um pouco, Invista um tempo. Somente observe! Olhe para as aves!
Pr. Nelson Galvão
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