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O Deus-Homem



Quem é Jesus? Essa é a pergunta mais importante de toda a história da humanidade. Ninguém pode ficar alheio a ela. Basta olhar rapidamente ao redor para notar a forte influência de Jesus na cultura. O calendário civil ocidental é dividido entre “Antes de Cristo” e “Depois de Cristo”. Johann Sebastian Bach compôs o que se chama de mais estupendo milagre da música clássica: “Jesus, a alegria dos homens”. A base dos Direitos humanos como conhecemos hoje, a família e sexualidade, têm forte influência do cristianismo. Discípulos de Cristo ao longo da história atuaram fortemente para a valorização da mulher e eliminação da escravidão e do infanticídio. Enfim, a pergunta “quem é Jesus” é inevitável.


E como você tem respondido à essa pergunta? Talvez você costume responder: "Jesus é tudo pra mim"! Legal, mas embora essa resposta seja carregada de emoção, ela não é muito clara, não é mesmo? Me permita ajudá-lo com essa pergunta e a refletir sobre as implicações dela.


Em Filipenses 2-5-11, Paulo nos oferece uma das respostas mais sublimes de toda a Escritura a respeito de quem é Jesus: Ele é o Deus que se fez homem.


Perceba que Paulo começa com a afirmação: “existindo em forma de Deus” (Fl 2.6). A afirmação de Paulo significa que Jesus tem a mesma essência de Deus; ou seja, é Deus.


O apóstolo também afirmou isso também em sua carta aos Colossenses:

“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito (primazia) sobre toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam poderes; tudo foi criado por ele e para ele. Ele existe antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste” (Cl 1.15-17).


Note que Paulo afirmou que Jesus, sendo Deus, criou todas as coisas e tudo só continua a existir por causa dEle.


Mas o apóstolo não parou por aí. No versículo 7, Paulo afirmou que “Cristo esvaziou a si mesmo”. Do que Cristo se esvaziou?


Na história moderna (séc. XIX), alguns teólogos da Alemanha e Inglaterra passaram a defender a teoria da Kenosis (esta é a palavra grega para o “esvaziar de Cristo”). Segundo essa teoria, Cristo teria aberto mão de seus atributos divinos enquanto estava sobre a terra como homem. Infelizmente, esse pensamento se popularizou e muita gente hoje pensa dessa forma.


Entretanto, a despeito dessa heresia, vejamos o que o texto diz. Perceba que Paulo explica o que significa o esvaziar-se: “assumindo a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens” (v. 7). Jesus não deixou de ser Deus, Ele assumiu a forma de homem. Aí está a humilhação. Assumindo a forma de homem, Ele deixou de ser reconhecido como Deus; i.é, deixou a Sua glória (c.f: Jo 17.5). A humilhação de Cristo começou em Sua encarnação, ao se fazer homem.


E qual o propósito disso? Deus se fez homem para nos trazer redenção, ao pagar pelos nossos pecados, através de Sua morte.


Sendo assim, Jesus Cristo é muito mais que um professor de ética, um profeta, um exemplo de amor a ser seguido. Ele é o Deus que se fez homem.


Sendo o próprio Deus, agiu em humildade até o ponto de se tornar homem e servo, e servir-nos com Sua própria vida. Incrível! Jesus é o Deus que se fez homem e serviu até a morte de cruz.


O que isso tudo a respeito de Jesus tem haver conosco? Tudo. Vejamos:


1. Aqueles que não crêem em Jesus, o Deus-homem, permanecem em condenação.


2. Aqueles que crêem em Jesus são transformados pela fé em quem Ele é e no que Ele fez por nós.


3. Essa transformação se dá de acordo com a imagem dEle. Somos transformados para ser como Ele é. É por isso que Paulo exorta: “tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” (v. 5). Assim como Cristo agiu devemos agir: com unidade, humildade e serviço.


A despeito disso, é curioso que o verdadeiro Deus se fez homem e servo. Mas, ao contrário disso, sendo homens, queremos ser deuses, senhores!

Alguns anos atrás, em visita ao Brasil, o saudoso pr. Bill Mills, então presidente da Leadership Resource International, fez uma pergunta que vou levar comigo para o resto da vida: “Quer saber se você de fato é um servo? Veja como você reage quando as pessoas o tratam como servo!”.


De fato, como reagimos quando somos tratados como servos pelo marido/esposa, pelos filhos, pelos amigos, pelo chefe, pelos irmãos da igreja? Muito mal. Por que? Porque não nos sentimos servos! Somos senhores de nossa própria vida, não é mesmo?! Em função disso, quantas mulheres abandonam seus próprios filhos em nome de uma “carreira profissional”! Quantos homens agem com rispidez com sua esposa porque ao chegar em casa esperam ser servidos! Temos atritos habitais uns com os outros porque nos colocamos como senhores, e não servos”.


Como precisamos da ação graciosa do Deus-Homem em nós, por meio do Seu Santo Espírito, a fim de nos transformar diariamente à Sua imagem! “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus...”


pr. Nelson Galvão

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