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Não estamos sozinhos



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Vivemos cercados de pessoas. Seja em casa, na escola, faculdade, trabalho, shoppings, parques, ônibus, metrô, restaurantes, etc. Tudo parece evidenciar que de fato chegamos à marca de 8 bilhões de habitantes na Terra!

 

Entretanto, uma pesquisa recente[1] trouxe um dado interessante: 33% das pessoas nos mais diversos países do mundo se sentem solitárias. Aqui no Brasil, metade das pessoas sofrem com o sentimento de solidão. Talvez você mesmo nesse momento esteja enfrentando esse terrível sentimento.

 

E aí nos perguntamos o que causa isso. Porque, embora tenhamos a maior população mundial já vista na história, convivemos ao mesmo tempo com esta terrível sensação de solidão?

 

Bem, hoje eu não vou me deter na causa desse fenômeno moderno, mas no tratamento. Deus já providenciou para o seu povo a “vacina” para essa terrível “doença”. O livro de Atos nos ajuda a entender que “vacina” é essa.

 

Quando lemos o relato de Lucas a respeito das viagens missionárias de Paulo, temos a tentação de nos concentrar na pessoa de Paulo e a forma incrível como Deus o usou para anunciar o Evangelho aos gentios. Entretanto, essa é uma leitura desatenta. Na verdade, Paulo fazia parte de um grupo de inúmeras pessoas comprometidas com o anúncio do Evangelho. Acompanhe comigo:

 

1.  O envio missionário foi feito pela Igreja

 

Desde o início das viagens missionárias (At 13), vemos a citação de inúmeros líderes na Igreja de Antioquia (não somente Paulo), e a decisão conjunta de enviar seus primeiros missionários.

 

2.  As viagens missionárias eram feitas em equipe

 

Paulo nunca estava sozinho. Em todas as viagens vemos a menção de inúmeras pessoas com ele. Na 1ª viagem (At 13), junto com Paulo, são mencionados Barnabé e Marcos. No v. 13, fala-se de Paulo e seus companheiros. Ao longo das viagens, a equipe cresceu e foram acrescentados inúmeros outros: Timóteo, Silas, Lucas, etc.

 

 

3.  As casas dos irmãos eram bases missionárias

 

Em Filipos, Lídia, uma vendedora de tecidos de púrpura, foi convertida ao Evangelho e convidou a equipe de Paulo para se hospedar em sua casa (At 16.15). Isso aconteceu também com o carcereiro (At 16.34). Paulo também ficou hospedado na casa de Áquila e Priscila (At 18.3). Em Cesaréia, a equipe missionária ficou na casa de Filipe (At 21.8).

 

4.  Os irmãos eram apoiadores

 

É muito interessante percebermos a forte atuação dos irmãos no apoio a Paulo e sua equipe. Veja:

 

-At 15.40 – No envio da equipe missionária, os irmãos confiaram Paulo e Silas à graça do Senhor.

-At 16.1,2 – Em Derbe e Listra, Paulo encontrou Timóteo, e os irmãos davam bom testemunho dele.

-At 17.10 – Em Tessalônica, os irmãos logo enviaram Paulo e Silas para Beréia.

-At 17.14,15 – De Beréia, os irmãos enviaram Paulo para a região litorânea e os acompanharam até Atenas

-At 18.27 – Os irmãos animaram e recomendaram Apolo.

-At 21.17 – Em Jerusalém, os irmãos receberam alegremente a equipe missionária de Paulo.

 

Veja então, a forte atuação dos “irmãos” no apoio a Paulo e sua equipe.

 

A lista que Paulo registra no último capítulo de Romanos nos ajuda a entender esses “irmãos” mencionados em Atos. Paulo menciona:  Febe, Priscila e Áquila, Epêneto, Maria, Andrônico e Júnias, Amplíato, Urbano, Estáquis, Apeles, família de Aristóbulo, Herodião, família de Narciso, Trifena e Trifosa, Pérside, Rufo e sua mãe, Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os irmãos com eles, Filólogo e Júlia, Nereu e sua irmã, Olimpas e todos os santos que estavam com eles.

 

O propósito dessa lista é muito mais do que escolhermos nomes para nossos filhos! Veja o que Paulo disse dessas pessoas. Eles eram: amparo, cooperadores, dispostos a arriscar a própria vida por Paulo, amados, dedicados, companheiros de prisão; à mãe de Rufo chega a dizer que era também a sua.

 

 

Essa realidade sai das páginas de Atos e chega aos nossos dias. É uma leitura inadequada ver o pastor a realizar inúmeras tarefas e conduzir a igreja sozinho. Olhe com cuidado: veja as casas que têm sido abertas para o anúncio do Evangelho; veja os pregadores que têm sido separados pelo Senhor; veja aqueles que tem servido com seus bens; veja todos aqueles que têm cooperado com seu tempo e talentos; veja aqueles que têm chorado e se alegrado conosco; veja aqueles que são encorajadores; veja aqueles que se dedicam ao aconselhamento; veja aqueles que têm se empenhado na oração pelos irmãos.

 

Ver tudo isso em nossa igreja enche meu coração de gratidão ao Senhor e me encoraja a continuar firme na caminhada, com a certeza de que não estamos sozinhos.

 

Sendo assim, precisamos avaliar nossa atitude, se ela está de acordo com o individualismo do nosso tempo e, portanto, de isolamento. Existe algumas pessoas que permanecem em lockdown, embora ele tenha terminado. Não digo um lockdown literal, mas relacional. São aquelas pessoas que cedem à tentação de se fechar em seu próprio mundo de problemas, interesses e gostos, e, por isso, se relacionam de maneira superficial com os irmãos que Deus providenciou para que não estivéssemos sozinhos.

 

Ao contrário disso, quero encorajá-lo a abrir bem os seus olhos e ver ao seu redor as pessoas que Deus tem colocado para caminhar com você. Quando vemos os sorrisos, lágrimas, abraços, gestos, dons, tempo, abnegação, dedicação de outros, vemos mais uma manifestação do cuidado amoroso do Nosso Bom Deus para conosco e aí celebramos o fato de que não estamos sozinhos.


pr. Nelson Galvão


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