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Morte aos infiéis!


Essa foi a sentença decretada aos amigos de Daniel (Dn 3) na corte babilônica, no séc. VI a.C.


O rei Nabucodonosor fez uma estatua de ouro de 27 m de altura e ordenou que todos as pessoas de todos os povos, nações e línguas se curvassem a ela.


Bem, isso não era novo na história da humanidade. É curioso que o texto nos informa que a estátua foi erguida no campo de Dura, na província da Babilônia (Dn 3.1). Esse era o mesmo campo que séculos antes, em que foi erguida a torre de Babel (Gn 11.2), que, aliás, deu origem à Babilônia.


A torre tinha uma finalidade de afrontar a Deus de duas formas:

-Tornar famoso o povo que o construiu.

-Unificar a humanidade de maneira a impedir que o povo se espalhasse pela terra, como Deus decretou.


A estátua de Nabudonosor tinha essa mesma finalidade[1]:

-estabelecer um testemunho da sua glória;

-unificar o seu reino ao seu redor.


Passado tanto tempo, a humanidade continua a mesma! Continua a erguer monumentos ao seu próprio nome e a impor que todos se curvem aos seus deuses.


O totalitarismo é um exemplo que se vale dessa agenda; ou seja, a unidade tiranicamente imposta em torno do Grande Estado, "mãe de todos"! Basta nos lembrar de alguns monumentos do nosso tempo: A estátua de Mao tse tung na China (tem 32 metros de altura. Ganhou da de Nabudonosor!); a estátua de Lenin na URSS; o mausoléu de Fidel em Cuba.


Acredito que uma das obras de nossa época que melhor retratam isso é “1984”, de George Orwell. Nessa obra, o autor retrata uma sociedade distópica totalitária que pretende controlar todo ser humano, inclusive seu pensamento. É realmente chocante (o quanto é verdadeiro) o que o autor diz a respeito das crianças dessa sociedade:


“eles adoravam o Partido e tudo o que estava ligado a ele. As canções, as procissões, as bandeiras, as caminhadas, os exercícios com armas de mentirinha, a repetição dos slogans em gritos, o culto ao Grande Irmão – tudo isso era uma espécie de jogo glorioso para eles. Toda a ferocidade deles era jogada para fora, contra os inimigos do Estado, contra os estranfeiros, traidores, sabotadores, criminosos do pensamento. Era quase normal que as pessoas com mais de trinta anos tivessem medo de seus próprios filhos.”[2]


Veja, a irmandade e tolerância é para os adoradores do “Partido”. Para os infiéis, a morte! Para aqueles que se recusam a se curvar diante dos deuses impostos, a morte.


É dessa forma que nos é imposto que a fé cristã é coisa de fórum íntimo e fique na esfera privada, sem que invada a esfera pública.


Basta observarmos no Brasil de hoje, que nos é imposto ficarmos calados quanto à nossa fé. Por exemplo: Experimente falar de design inteligente na aula de biologia; ou de heterossexualidade como vontade de Deus na reunião da empresa que visa a doutrinação dos funcionários sobre “tolerância”; ou até mesmo chamar um deputado trans de “senhor”, ainda que você seja um general (cf. o que aconteceu na semana passada com o general Heleno).


O que fazer quando contra nós é decretado “morte aos infiéis”? Bem, nos lembremos das palavras do Nosso Senhor:


“Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; pelo contrário, temei aquele que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo”. (Mt 10.28).


Pr. Nelson Galvão


Referências

[1] Daniel. Ian M. Duguid. p. 67. [2] George Orwell, p. 54

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