Qual é sua profissão? Eu tenho inúmeras: cozinheira, jardineira, gerente, secretária, enfermeira, professora, motorista, conselheira, garçonete, entre outras.
Tive formação formal para algumas das minhas profissões e tenho aprendido outras através da experiência. Estou na ativa 24 horas por dia e 7 dias por semana. O salário não é fantástico, mas as recompensas são imbatíveis.
Tenho os meus momentos de tédio, mas, depois, eu penso no resultado a longo prazo. Percebo que mesmo as grandes pirâmides do Egito foram construídas com uma pedra de cada vez. Tenho momentos de grande frustração e momentos de grande satisfação.
Mas afirmo que tenho muito mais satisfação do que qualquer pessoa com apenas uma profissão. Possuo muitas metas a longo e curto prazo, às quais estou constantemente ajustando e executando. O nome da minha profissão é Sou Mãe.
O grande conflito
A questão sobre uma mãe ter uma carreira ou permanecer em casa é um assunto delicado. Há mulheres defendendo cada um dos lados, e há aquelas que estão divididas. Mas gostaria de aqui de demonstrar que a abordagem mais saudável, mais natural, mais bondosa e mais bíblica a respeito de uma mãe criar seus filhos é permanecer a maior parte de tempo com eles.
Mas em primeiro lugar, quero dar uma palavra as mães solteiras e aquelas que precisam trabalhar para ganhar a vida. Você trava uma luta entre carregar o fardo do trabalho e cuidar da família. Seu desejo era estar em casa com seus filhos, mas simplesmente não pode. Minha amiga, você tem minhas orações. Lance seu cuidado sobre o Senhor e Ele cuidará de você. I Pedro 5.7 Ele promete que cuidará, basta seguir os caminhos de Deus e confiar nEle em relação aos resultados. Deus não prometeu uma vida fácil aos seus seguidores, mas promete uma vida abençoada.
Uma realidade
Você frequentou a escola por muitos anos. Está em uma posição na qual tem muitas oportunidades, o que, em contrapartida aumenta o nível de compromisso. Mas, você ouviu seu relógio biológico e teve um bebê.
Seis semanas de licença maternidade, são suficientes somente, para recobrar as forças e fazer com que o lar volte a normalidade. Você volta ao trabalho e seu bebê vai para a creche. O bebê cresce, seu pequenino chama a professora de “mãma” . A professora testemunha os primeiros passos de seu filho. No início, ele implora para que você não o deixe, mas algum tempo depois, ele não parece mais se importar quando você sai. Você se esgota tentando cumprir os deveres do emprego e da casa.
Infelizmente, receio que esta cena esteja sendo reprisada em milhares de lares na nossa sociedade contemporânea. Mas, em contrapartida, temos visto muitas mulheres de carreira que estão sentindo um vazio em seus corações. Elas estão percebendo que suas carreiras não são tão satisfatórias quanto esperavam e que a maternidade não é algo tão vazio quanto parecia outrora.
Uma boa razão para ficar em casa!
Deus determinou que o filho que carregamos no ventre durante nove meses seja uma parte íntima de nós, de modo, que somos a pessoa mais adequada para dar os primeiros cuidados àquela criança.
Provérbios 31 descreve uma mulher virtuosa, primeiramente retratada no papel de esposa – ela cuida muito bem do seu marido. Em seguida, o autor detalha como ela cuida do lar, inclusive dos filhos. Sua recompensa é que seus filhos a chamam de ditosa, e ela é elogiada pelo seu marido e pelos outros.
Em Tito 2. 4-5, Paulo instrui as mulheres mais velhas a “instruírem as jovens recém-casadas a amar ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a Palavra de Deus não seja difamada.
Posso concluir então, que uma mãe presente em casa, é a melhor abordagem para a maternidade. Acho que o mundo seria um lugar bem mais estável e seguro se todas as mães ficassem em casa durante o tempo que seus filhos ainda estão em casa.
Podemos ver nossa casa como um confinamento solitário ou como a sede da aventura, de onde sairemos para explorar o mundo com nossos filhos. “Não é fácil! Eu conheço estas lutas com exatidão: dores de cabeça, alteração hormonal, fadiga, tédio, irritação e desencorajamento.
Onde encontramos ajuda então?
Minha experiência demonstra que passar tempo com o Senhor, confessando os meus pecados e fraquezas, agradecendo por suas bênçãos, adorando-o e pedindo sua ajuda para o dia, traz a melhor ajuda que que poderia encontrar. A minha oração mais frequente é: “Senhor, ajuda-me.”. E não podemos nunca nos esta verdade “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” Rm 8.28.
Deus está no comando. Ele sabe o que está fazendo. Então descanse em sua sabedoria, mamãe.
Por Mary Beeke
Trecho extraído com permissão, do livro “A Lei da Bondade”, de Mary Beeke. p. 208. 2012, Editora Fiel.
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