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Mais inspiração, menos comparação


– Como foi seu parto? Ah... o meu foi assim...

– Seu filho sabe fazer tal coisa? O meu aprendeu a fazer...

COMPARAÇÕES permeiam a vida de mães de crianças pequenas, e muitas vezes as comparações já começam na gravidez.


Certamente algumas das comparações não têm o intuito de julgar, podem surgir de uma dúvida legítima, do desejo de ajudar, da vontade de iniciar uma conversa. Mas, ao comparar, sempre alguém se sai melhor e alguém se sai pior.


Sejamos sinceras: aquela mãe que é supercuidadosa com a alimentação dos filhos pode ter dificuldade em estabelecer limites. Outra mãe, que tem a maior clareza nos limites, pode não conseguir estimular a socialização do filho. Enquanto aquela que cuida da alimentação e estimula a socialização talvez não tenha tempo pra contar uma história e brincar.

O Evangelho de Lucas, no capítulo 1, fala sobre DUAS MULHERES que, em vez de se comparar, optaram por se inspirar uma na outra.


A primeira delas é ISABEL.

Isabel era casada com o sacerdote Zacarias. Eles estavam com idade avançada e não tinham filhos porque Isabel era estéril (Lc 1.5,7). Quanto ao testemunho, eles eram exemplares! A Bíblia diz que “ambos eram justos aos olhos de Deus, obedecendo de modo irrepreensível a todos os mandamentos e preceitos do Senhor” (1.6).


Certo dia Zacarias estava trabalhando no templo e foi escolhido para entrar no santuário, a fim de realizar a oferta de incenso. Nesse momento surgiu o anjo Gabriel e contou a Zacarias que sua esposa ficaria grávida! O anjo disse que seu filho seria motivo de imensa alegria, seria grande aos olhos do Senhor e faria muitos voltarem para Deus (1.8-17). A notícia era tão incrível que Zacarias nem acreditou, e por duvidar do anjo, Zacarias ficou mudo até o nascimento do filho (1.18-20).


A gravidez foi um motivo de enorme felicidade pra Isabel, mas também revelou algo difícil que ela guardava em seu coração. Veja as palavras dela após engravidar: “Agora ele [Deus] olhou para mim favoravelmente, para desfazer a minha humilhação perante o povo” (1.25). Sua fala nos mostra que ela se sentia humilhada por não ter filhos. Ela se COMPARAVA com as outras mulheres que eram mães.


Isabel era exemplar, mas tinha suas lutas internas, suas comparações... Ela era gente como a gente!


MARIA, a prima de Isabel.

Seis meses após o anjo Gabriel ter aparecido a Zacarias, ele apareceu para Maria e lhe contou a maravilhosa história que todos conhecemos: Maria foi escolhida para ser a mãe de Jesus (1.26-38)!


ISABEL e MARIA

Isabel poderia ter comparado sua experiência de gravidez com a de sua prima Maria. Essa comparação faria Isabel perceber que:


- O anjo apareceu diretamente para Maria. Isabel não teve esse privilégio, já que o anjo só falou com seu marido.

- Maria era muito mais jovem que Isabel e poderia ter vários filhos, enquanto Isabel estava tendo sua primeira gravidez já em idade avançada.

- José, futuro marido de Maria, não ficou mudo. Mas Zacarias ficou, então Isabel passou toda a gravidez sem uma palavra de apoio de seu marido, sem uma palavra de carinho.

- Maria seria mãe de Jesus, do Salvador! Isabel seria mãe de um grande homem, mas sempre inferior ao Filho de Deus.


Isabel poderia ter feito todas essas comparações. Mas ela fez? NÃO!!!


Após saber de sua gravidez, Maria foi visitar Isabel (1.39,40). Quando ouviu a voz de Maria, Isabel imediatamente a recebeu com alegria, sentindo-se honrada pela visita. Ela disse: Maria, “bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz! Mas por que sou tão agraciada, ao ponto de me visitar a mãe do meu Senhor? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria” (1.42-44).


Após essa linda recepção de Isabel, Maria, inspirada, entoa um dos mais conhecidos cânticos de adoração: “Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador... A sua misericórdia estende-se aos que o temem... Ele realizou poderosos feitos com seu braço...” (O cântico inteiro está em Lc 1.46-55.)


Maria não foi inspirada a essa bela canção quando estava na presença do anjo, nem quando foi até o templo, nem mesmo no nascimento de Jesus. Maria canta essa poesia quando está na casa de sua prima, após ouvir as palavras de Isabel!


A chegada de Maria inspira Isabel!

A recepção de Isabel inspira Maria!

E a quem as duas exaltam com suas palavras? Ao SENHOR!


Que tal trazer o exemplo dessas duas mulheres para o nosso cotidiano?

  1. BUSQUE FERRAMENTAS INSPIRADORAS. A Bíblia é o principal instrumento para nos inspirar como mães! Mas há outras ferramentas que, baseadas na Bíblia, podem ser úteis: livros sobre a educação de filhos, blogs cristãos, cursos em igrejas...

  2. BUSQUE PESSOAS INSPIRADORAS. Maria fez um esforço e viajou até a casa de Isabel. Aproxime-se de mães nas quais você vê a dedicação em praticar o que é bíblico, mulheres que, mesmo com falhas e dificuldades, se esforçam para viver a vontade de Deus em suas casas. Pense em alguém para visitar ou convidar para lhe fazer uma visita.

  3. SEJA INSPIRADORA! Evite pensamentos e conversas que comparem sua maternidade com a de outra pessoa, no lugar disso, ELOGIE honestamente. Evite também dar conselhos quando eles não foram solicitados; se você acredita que tem o que ensinar a outras mães, ORE PARA QUE DEUS A CAPACITE a ser um bom exemplo e que, vendo seu modo de viver, as pessoas peçam seus conselhos. Você também pode ser inspiradora ao contar como está aprendendo a lidar com alguma dificuldade sua, ao compartilhar um texto que tocou seu coração, ao oferecer um presente...


E que o Senhor nos ajude a termos MAIS INSPIRAÇÃO e MENOS COMPARAÇÃO!


Aletea Hoffmeister Mattes


Aletea é casada com Jônatas, mãe da Isabel e do Rafael.

Faz parte da Primeira Igreja Batista em Indaiatuba.

É Mestre em História da Arte e autora do livro "Do Lar ao Coração", ed. Peregrino.

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