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Jesus falou de amor e por amor


A palavra de ordem hoje é “tolerância”. Com o intuito de fazer valer sua pauta identitária, o marxismo cultural tem imposto às sociedades a pecha da tal “tolerância”. A ideia é que serão tratados como “intolerantes”, “fundamentalistas”, “radicais”, todos os grupos sociais cujos padrões não se coadunam com a agenda pluralista.


Dessa forma, o conceito de amor é subjetivamente e intencionalmente atrelado ao de tolerância, e o resultado é que “amar” é aceitar o relacionamento homoafetivo, aborto, divórcio, o “pluriamor”, etc.


Para fundamentar essa ideologia, busca-se na releitura de personalidades históricos argumentos que funcionem como artilharia contra os opositores (tal qual o Ministério da Verdade, de George Orwell, em sua distopia “1984”).


Um dos personagens históricos que mais sofrem com isso é Jesus. Em nome da tolerância fala-se que Jesus pregava o amor, a paz, a unidade, a igualdade e o respeito. Aceitava tudo e todos! Sua bronca mesmo (assevera-se em uma releitura enviesada) era contra o fundamentalismo doentio dos fariseus que teimam por padrões absolutos!!!


Fazendo essa “releitura” de Jesus, constroem o Jesus arco-íris de nosso tempo que nada tem a ver com o “Jesus histórico” (agora estou sendo provocativo mesmo!!!) que é o Jesus dos Evangelhos.


Ora, o raciocínio dessa turma é simples: se o próprio Jesus (conforme reconstruído por eles) pregava a tolerância e sua vida era um exemplo disso, aqueles que pregam ao contrário e não agem de forma “tolerante”, são os intolerantes, fundamentalistas, radicais, retrógrados... certo? Errado!


Jesus não somente pregava o amor, Ele mesmo era a própria manifestação do amor de Deus pela humanidade (Jo 3:16).


Entretanto, acompanhe comigo e perceba algumas afirmações de Jesus:


1. Àqueles que confiam em si mesmos, Ele disse: “Vai, e vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me” (Mc 10:21);

2. Aos líderes religiosos hipócritas, Ele disse: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” (Mt 3:7);

3. Àqueles que faziam da fé comércio, Ele disse: “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões” (Mt 21:13);

4. Àqueles que procuravam mata-lo, Ele disse: “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai” (Jo 8:44);

5. A respeito do divórcio, Ele disse: “Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido e casar com outro, adultera. (Mc 10:11,12; Mt 5; Mt 19; Lc 16);

6. A respeito da natureza da família, Ele disse: “Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?” (Mt 19:4,5);

7. A um político, Ele disse: “Ide e dizei àquela raposa” (Lc 13:32);

8. Àqueles que o negam, Ele disse: “Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10:32);

9. Aos ecumênicos, Ele disse: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra” (Mt 10:33).

10. Como se não bastasse, Jesus falou muito sobre o inferno: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? (Mt 23.33; c.f também: Mt 5:22 ; Mt 5:29, 30; Mt 10:28 ; Mt 11:23; Mt 16:18; Mt 18:9; Mt 23:15; Mc 9:43; Mc 9:45; Mc 9:47; Lc 10:15; Lc 12:5; Lc 16:23;


Enfim, diante dessas palavras de Jesus e de muitas outras que poderíamos elencar (não sendo, portanto, exaustivo), pergunto: onde está a “tolerância”, o amor, a unidade, o ecumenismo, conforme forçosamente atribuído a Jesus?


O amor, paz, unidade, tolerância que Jesus pregava estavam sujeitos à Verdade. O amor de Jesus às pessoas não o impedia de dizer-lhes a verdade, apontar-lhes o erro e denunciar seus pecados.

Muito pelo contrário, por conta do verdadeiro amor é que Jesus disse a verdade. De acordo com Gary P. Stewart, “a sociedade deve ter um padrão moral sobre o qual a tolerância opera, a verdade é honrada e a justiça prevalece”[1].


Sim, andando pelas ruas de nossas cidades hoje, Jesus seria chamado de intolerante, fundamentalista, radical... e, por fim, crucificado! Todavia, para aqueles que crêem nEle, Ele disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:31,32).


Jesus falou de amor e por amor! Por amor, Ele falou a verdade (ainda que isso ofendesse à sensibilidade de seus ouvintes), e nos convidou a ser Seus discípulos (nada mais radical do que isso!!!) Você está disposto?


Pr. Nelson Galvão


Referência [1] Gary P. Stewart, in Mal Couch. Os fundamentos para o séc. XXI. p. 483

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