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Fira-me o justo


O que você tem pedido para Deus? Talvez por saúde, segurança, emprego, ou paz na família.


Davi pediu muitas coisas para Deus. Mas tem um pedido que tem me chamado muito a atenção. Está no Sl 141. Nesse salmo Davi pede ao Senhor que: 1- guardasse a sua boca (v.3); 2- não permitisse que seu coração se inclinasse para o mal (v.4); 3- que o justo o ferisse (5).


Esse último pedido realmente me surpreende. Davi pediu ao Senhor que o justo o ferisse.


A qual ferida Davi se refere? Na sequência ele diz: “repreenda-me” (v.5). O salmista se referia a repreensão.


Essa é uma oração atípica! Não se ouve muito esse tipo de oração em nossos dias! Oramos pela paz, pela nossa saúde e de nossos familiares e amigos, pelo trabalho, etc; mas... por repreensão? Sinceramente? Nunca orei por isso!

Não oramos porque, convenhamos, não é bem-vindo! Isso porque nos confronta, afeta o nosso ego e nos tira do conforto de nossos hábitos.


Entretanto, é absolutamente necessário se não queremos nos inclinar para o mal (Sl 141.4).


Veja ainda que Davi afirma que a repreensão do justo seria um sinal de amor (Sl 141.5). Isso é interessante porque temos a impressão do contrário. Aqueles que nos bajulam e falam apenas palavras afáveis são tidos como amorosos. Mas quando somos repreendidos com a verdade, logo nos voltamos contra o “agressor”, que é tido como “sem-amor”.


Mas a oração de Davi mostra que ele pensava diferente. Para ele, a repreensão do justo é sinal de amor. O autor de provérbios escreveu: “porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai repreende o filho a quem quer bem.” (Pv. 3.12). Perceba, tal qual Davi, Salomão acreditava que a repreensão é sinal de amor.


É por isso, então, que Davi continua a sua oração dizendo que a repreensão do justo “seria como óleo sobre a cabeça, que não há de recusá-lo” (Sl 141.5); ou seja, para Davi, a repreensão seria motivo de alegria e, por isso, não a recusaria.


Isso me leva a pensar em como temos reagido quando repreendidos. Nos defendemos com autojustificação? Nos fechamos em amargura? Cortamos as relações com quem nos repreendeu e passamos a atacá-lo?


Bem, esse é o caminho natural. Mas, me permita sugerir um outro caminho. Que tal celebrar o amor de Deus por nós ao usar irmãos piedosos para nos corrigir? Que tal humildemente agradecer pela graça de ser advertido do caminho mal? Que tal receber a repreensão e pedir ao Senhor que nos transforme mais de acordo com o caráter de Cristo? Que tal valorizarmos mais aqueles que estão dispostos a nos repreender do que aqueles que nos bajulam?



pr. Nelson Galvão

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