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Eu sou um discipulo de Cristo?



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O teste de paternidade ficou mais acurado em nossos dias. Através do DNA é possível ter com mais precisão a identidade do pai de uma criança. Isso porque quando uma criança nasce herda 50% do DNA do pai e 50% do DNA da mãe.

 

O cristianismo hoje é a maior religião do mundo. Tem cerca de 2,6 bilhões de adeptos. É de fato um oceano de pessoas que se identificam com Jesus Cristo.

 

Todavia, eu pergunto: será mesmo que todos são de fato discípulos de Cristo? Acredito que para responder a essa pergunta temos que fazer outras duas. A primeira é: Será mesmo que todos crêem no Jesus das Escrituras, que sendo Deus se fez homem, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou, governa todas as coisas e em breve voltará para buscar os Seus, punir os que o rejeitam e restaurar toda a criação? Acho que não!

 

A segunda pergunta que se faz necessária é: Será mesmo que os que professam o Jesus das Escrituras, tal qual descrito acima, de fato são seus discípulos? Se não, como saber? Haveria um teste de DNA para saber quem de fato é discípulo de Cristo?

 

Bem, acredito que sim. O próprio Jesus indicou esse teste. Quando preparava seus discípulos para a Sua humilhação que culminaria na Sua morte, Jesus disse:

 

"Nisto todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros". (Jo 13.35)

 

Veja, Jesus disse que o teste de DNA dos seus discípulos são nossos relacionamentos uns com os outros. Ou seja, a Igreja nos ajuda a sermos identificados com Cristo. Isso é o mesmo que João disse em sua 1ª carta:

 

“Os filhos de Deus e os filhos do diabo se manifestam assim: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem que não ama seu irmão” (1 Jo 3.10).

 

João disse isso porque os falsos mestres de sua época diziam que tinham uma relação especial com Deus; entretanto, o relacionamento deles com os irmãos era marcado por discórdias, acusações e divisões. Então, João os contrapõe dizendo que o verdadeiro sinal de que somos discípulos de Cristo e filhos de Deus, é o amor que temos uns pelos outros.

 

Este amor diz respeito ao compromisso mútuo pelo bem do outro. Assim como Cristo que nos amou graciosamente ao ponto de entregar a Sua própria vida, os seus discípulos também devem amar uns aos outros.

 

Vivemos o tempo em que todos dizem ser filhos de Deus, estar bem com Deus e ter comunhão com Deus. Entretanto, a evidência que a Palavra de Deus trás é muito clara: o amor que temos uns pelos outros. Ou seja, como lidamos com a Igreja do Senhor. Os nossos relacionamentos em uma igreja local realmente bíblica aferem se de fato somos discípulos de Cristo.

 

Isso deve nos fazer pensar em algumas coisas:

 

-Ainda que pertençamos a uma igreja local, mas de maneira descompromissada, sem laços reais de compromisso mútuo para servir ao outro, isso pode ser uma evidência de que na verdade não somos discípulos de Cristo.

 

-Ainda que pertençamos a uma igreja local, mas nossos relacionamentos nessa igreja são marcados por conflitos, acusações, divisões, etc, isso pode ser uma evidência de que na verdade não somos discípulos de Cristo.

 

Eu tenho testemunhado em nossa igreja o amor de Deus entre nós. Vejo irmãos que não medem esforços para auxiliar aqueles em necessidade. Vejo irmãos que servem sem querer ser vistos, servem com seus dons e talentos, com seu tempo, com até mesmo seus recursos; servem ainda que isso lhes tire o tempo do lazer, tire o dinheiro do carro novo, ou da viagem de fim de ano. Vejo irmãos que edificam os outros com encorajamento, conselhos e exortações quando preciso.

 

Isso me faz louvar ao Nosso Bom Deus, me constrange, e me encoraja a buscar cada vez mais a graça do Nosso Senhor a fim de me fazer mais como Ele.

 

Por outro lado, também percebo aqueles que reproduzem a cultura de nossa época. Essa cultura é marcada pelo hiper individualismo. Este nos faz permanecer fechados em nosso próprio mundo, estar focados na resolução de nossos próprios problemas e realização de nossos próprios desejos, sonhos e projetos.

 

Claro, por professarmos a fé cristã, toda essa configuração individualista se dá frequentando uma igreja. Assim, assistimos aos cultos, curtimos o ambiente das reuniões da igreja, fazemos questão de até mesmo trazer nossa família para estar junto. Todavia, o limite é que isso não “invada o meu espaço”! “Que eu não tenha que abrir a minha casa, que eu não tenha que dar satisfação da minha vida, e, especialmente, que eu não tenha que me comprometer com o bem dos outros.”

 

Meu querido, ser discípulo de Cristo vai muito além de apenas asseverações teologicamente corretas. Passa por elas, mas não se encerra nelas. João disse: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de boca, mas em ações e em verdade.” (1 Jo 3.18).

 

Ser discípulo de Cristo é estar realmente comprometido uns com os outros. Estou convencido que a nossa geração precisa se arrepender do individualismo. Em muitas ocasiões:

 

●      Dizemos que amamos, mas procuramos igrejas cujo a configuração (seja por ser numérica, ou porque os cultos são shows) não encoraja o envolvimento mútuo.

●      Dizemos que amamos, mas somos meros expectadores de cultos.

●      Dizemos que amamos, mas não nos interessamos pelos missionários e sua obra no campo.

●      Dizemos que amamos, mas o nosso dinheiro é voltado para o nosso próprio conforto e bem-estar.

●      Dizemos que amamos, mas todo o nosso tempo livre é voltado para o entretenimento

 

Ainda está em dúvida a respeito do impacto do individualismo em nós? Considere então essas perguntas que podem nos ajudar nessa autoavaliação:

 

-Vivemos uma época no Brasil em que as doenças tropicais nos assolam (gripe, dengue, etc). Com isso, existem vários irmãos enfermos. Então, pergunto: para quem desses ligamos, visitamos, ou mandamos uma mensagem demonstrando interesse real pelo bem dessas pessoas?

 

-Existem várias oportunidades de serviço na igreja: desde a recepção até a limpeza; desde pequenos concertos até grandes aquisições; desde visitas até discipulados; desde encorajamentos até mesmos orientações. Diante disso, eu pergunto: você tem procurado servir a igreja, ou tem esperado ser servido?

 

-Você está comprometido com o discipulado, encorajamento, ou aconselhamento de algum irmão?

 

-Você está comprometido em orar especificamente por algum irmão em sua necessidade?

 

-Você tem aberto sua casa para ser um ambiente de acolhimento e aproximação para os novos irmãos?

 

Veja, nem sempre a nossa prática está de acordo com a nossa confissão, não é mesmo?! Que o Senhor nos leve ao arrependimento de um estilo de vida individualista que contradiz o que afirmamos, e que nos faça de fato discípulos de Cristo.


pr. Nelson Galvão

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