
O ano de 2022 chegou ao fim! Termino o ano com muita gratidão ao Senhor em relação à nossa igreja. Foi um ano de inúmeros desafios, mas também de muita graça do Senhor. Acompanhe comigo:
Nesse ano assumi o pastorado de uma igreja que ama as Escrituras; constituímos uma liderança bíblica e temos crescido nesse entendimento; nossos cultos têm sido cada vez mais cristocêntricos; nossos encontros em pequenos grupos de casais, homens, mulheres, são marcados pelo estudo das Escrituras; as classes de EBD primam pelo estudo de livros da Bíblia; cada vez mais pessoas tem conhecido o Evangelho; outras tantas têm se achegado de diversas igrejas e têm dito: “aqui temos a Palavra de Deus”; casamentos têm sido fortalecidos pelo ensino das Escrituras; existe alegria em estarmos juntos cultuando ao Senhor; temos experimentado o crescimento no entendimento bíblico de como prestar auxílio àqueles que sofrem e nos regozijamos em poder prestar essa assistência; temos crescido no entendimento da disciplina bíblica, sofrido com isso, mas experimentado a saúde que isso traz para a igreja; temos crescido no entendimento de convicções inegociáveis quanto a casamento, liderança, igreja.
Enfim, entramos o ano de 2023 com uma grande expectativa do que Deus está ainda por fazer conosco e através de nós.
Nesse momento precisamos refletir em como chegamos aqui. O que possibilitou que vivêssemos esse momento tão abençoado de nossa igreja?
Definitivamente a graça do Senhor. Não existe mérito algum nosso. Agora, essa graça de Deus se manifesta por meio da Palavra de Deus.
Isso me faz lembrar algo. Na apresentação da excelente biografia de Martinho Lutero diz-se o seguinte:
“Martinho Lutero foi o homem mais influente de sua época. O movimento que teve início com a publicação de suas 95 teses redefiniu a Europa, redirecionou a história da fé cristã e restabeleceu a verdade das Escrituras no centro da vida eclesiástica.”[1]
O legado de Lutero é incrível e inegável! Entretanto, o que mais me chama a atenção é a sua declaração a respeito de sua obra, no final de sua vida:
“Eu simplesmente ensinei, preguei, escrevi a Palavra de Deus; não fiz mais nada. [...] a Palavra enfraqueceu tão intensamente o papado que nenhum príncipe ou imperador jamais fez estrago assim. Eu não fiz nada; a Palavra fez tudo”[2].
Com a ressalva de que, evidentemente, nem de muito longe poderia me comparar a Lutero, afirmo que é com o mesmo sentimento do reformador que termino o ano de 2022 na PIBI: “Eu não fiz nada; a Palavra fez tudo”.
Ao longo desse ano preguei em torno de três vezes por semana, sendo ao todo 150 horas de sermões. Todos esses sermões foram expositivos. Preguei Rute, Gn 1-11, Marcos, Filipenses, além de alguns Salmos. Acrescenta-se a tudo isso aulas de EBD e discipulados que primam pela exposição bíblica.
Novamente, minha convicção é que eu não fiz nada; a Palavra fez tudo. Sendo assim, meu desejo e oração é que no ano de 2023 e pelo tempo que Deus nos permitir servir aos irmãos, que eu não faça nada; que a Palavra de Deus faça tudo. Afinal, ela é mais sábia que todo nós juntos, mais poderosa que todos nós juntos, “é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).
Sendo assim, conclamo os irmãos a que perseveremos em oração e roguemos ao Senhor: “Que não façamos nada; que a Palavra de Cristo faça tudo em nós e através de nós”. Assim, o Senhor Jesus será cada vez mais engrandecido em nós.
pr. Nelson Galvão
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