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Deus é misericordioso, mas e nós?

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Você é misericordioso? Quando as pessoas “pisam na bola” com você, elas encontram compaixão e perdão? Ou encontram a justiça da lei?!

 

Na semana passada tivemos mais um encontro de um pequeno grupo de casais da nossa igreja. Jonatas Mattes trouxe um questionário que ele e sua esposa elaboraram, e nos ajudou muito a refletir se temos agido com misericórdia com nosso cônjuge no dia a dia. Veja as perguntas. Você pode refletir a partir delas e adaptá-las à sua realidade.

 

1-Esqueceu meu aniversário?

2-Pegou meu celular sem avisar?

3-Apertou a pasta de dentes no lugar errado?

4-Não fez algo que peço há mais de um mês?

5-Colocou na comida um tempero que detesto?

6-Manchou minha roupa preferida?

7-Numa discussão, ficou do lado da sogra e não do meu?

8-Deu-me um presente, mas na cor que menos gosto?

9-Quebrou, sem querer, algo que eu amava?

10-Reclamou de mim em público?

11- Sujou os bancos do carro e não limpou?

12-Fez uma compra muito cara sem me consultar?

13- Colocou uma roupa feia pra sairmos pra jantar?

14-Não para de falar enquanto tento assistir TV?

15- Marcou um programa para o final de semana, sem me avisar?

 

Como você responde a estas perguntas?

 

Veja abaixo o gráfico com as respostas dos casais que estavam no grupo:

 

Fonte: Jonatas Mattes

Jonatas chamou a pesquisa (de maneira lúdica) de IMM (índice de Misericórdia Medida). Ele chamou de maneira lúdica porque entende acertadamente que esse é o tipo de coisa que não dá para mensurar em números. Todavia, a pesquisa nos oferece o estímulo para a autorreflexão.

 

Perceba, enquanto alguém no grupo parecia estar muito misericordioso, alcançando o nível de até 93% de respostas que apontavam para atitudes de misericórdia para com seu cônjuge, uma outra pessoa parecia estar bem intolerante para com seu cônjuge, tendo marcado respostas que indicaram apenas 20% de tolerância.

 

De toda forma, apesar da diferença entre as respostas, o fato é que nem sempre estamos dispostos a mostrar misericórdia uns para com os outros.

 

Isso é curioso, pois recebemos misericórdia do Deus de misericórdia. Sim, por toda a Escritura, desde o Antigo Testamento, vemos a misericórdia de Deus ser ressaltada.

 

A palavra no hebraico é חֶ֖֨סֶד֙  (Hesed). Trata-se da manifestação da bondade de Deus, Seu favorecimento, àqueles que não merecem. As referências são abundantes, então, vou mencionar aqui apenas algumas para nos lembrar:

 

-Ex 15.13: No teu amor guiaste o povo que redimiste; na tua força o conduziste à tua santa habitação.

 

-Sl 23.6: Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do SENHOR para todo o sempre.

 

-Sl 25.10: Todos os caminhos do SENHOR são misericórdia e verdade para os que guardam sua aliança e seus testemunhos.

 

-Sl 100.5: Porque o SENHOR é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração.

 

-Sl 103.8: O SENHOR é compassivo e misericordioso; demora para irar-se e é grande em amor.

 

Sim, o Deus revelado no AT (que é o mesmo do NT) é Deus de justiça, mas também de misericórdia. Agora, no NT essa misericórdia de Deus é vista em toda a sua plenitude na cruz do Calvário. Vejamos as palavras de Paulo em Ef 2.4-7:

 

“Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo imenso amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos pecados, deu-nos vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus.”

 

Veja, de acordo com as Escrituras, éramos pecadores, rebeldes contra o Bom Deus, mas fomos agraciados pela misericórdia de Deus, que foi revelada no fato de que Jesus morreu pelos nossos pecados, sem qualquer mérito nosso.

 

Bem, diante do fato de recebermos a misericórdia de Deus, como devemos lidar com a falta dos outros contra nós? A verdade é que nem sempre somos tão misericordiosos com aqueles que nos ofendem, conforme aponta a pesquisa em nosso grupo de casais.

 

É aí que devemos nos lembrar da parábola de Jesus a respeito do servo incompassivo (Mt 18.23 ss). Um servo devia ao seu senhor 10 mil talentos. O que era equivalente a 60 milhões de dias de trabalho braçal. Sim, uma quantia absurda! Todavia, ao contrário da expectativa, ele foi graciosamente perdoado. Entretanto, quando esse servo que foi perdoado encontrou alguém que lhe devia apenas 100 denários, recusou-se a perdoar-lhe, chegando até mesmo a colocar-lhe na prisão.

 

Muitas vezes agimos como esse servo incompassivo. Fomos infinitamente perdoados pelo bom Deus, mas quando se trata de expressarmos misericórdia para com aqueles que nos trouxeram dor, aí não!

 

Meu querido irmão, quero encorajá-lo a pedir, juntamente comigo, que o Senhor abra nossos olhos e o nosso coração para que cada vez mais vejamos o tamanho da misericórdia do Bom Deus para conosco, a fim de que essa misericórdia que recebemos se estenda através de nós para com o nosso cônjuge, filhos, parentes, irmãos, amigos e colegas de trabalho. E através disso, nossos relacionamentos sejam transformados. Relacionamentos estes, antes marcados pela cobrança mútua e rompimento, mas agora marcados pela misericórdia.


pr. Nelson Galvão

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