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Alívio para a alma cansada




Senhor Jesus, aqui estou eu novamente. Sinto-me cansada. Meu corpo reclama pelas tarefas que já realizei, minha mente sofre pelas que ainda estão por fazer. Eu canso mais rápido do que costumava. Vou sentar-me aqui um pouquinho, aos teus pés, e desfrutar do repouso. Há tanto para fazer, mas não quero perder a boa parte (Lc 10.41,42). 


Hoje estou um pouco sobrecarregada. Não são apenas as tarefas que me afligem. Há também os temores – o que será que o dia me reserva? E as expectativas, minhas e alheias – o que supostamente eu deveria estar fazendo? Há o peso do perfeccionismo – quisera eu fazer tudo com perfeição, mas vejo que não posso e me frustro. Há o cansaço do pecado e da culpa – falhei de novo e não consigo lidar com isso. E se eu apenas me esforçar mais, tudo o que obtenho é um cansaço maior. 


Então me lembro do teu doce convite:  

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30). 


Vinde a mim. Por isso estou aqui, Jesus. Eu vim novamente. Eu vim a ti. Às vezes sou tentada a buscar socorro em outros lugares. É verdade que a família me oferece apoio e amparo. As amigas podem me ouvir e se solidarizar comigo. Minha igreja pode orar e me ajudar a levar a carga (Gl 6.2). Conselheiros sábios podem me orientar e me corrigir. Todos eles são provisões benditas do Senhor, pelos quais sou grata. Mas apenas tu, Jesus, podes dar descanso à minha alma. Em nenhum outro lugar encontro solução definitiva e alívio duradouro. Não há “profissionais da alma”, não há remédios, não há terapia nem pessoa alguma em quem minha alma possa descansar, senão em ti. Por isso eu vim. Por isso continuarei vindo, dia após dia. 


Tomai sobre vós o meu jugo. Sim, Senhor, eu me submeto a ti. Dobro minha cerviz e me coloco sob o teu jugo. Houve tempo em que lutei contra isso. Achei que a liberdade estava em fazer o que eu quisesse, mas era escrava de mim mesma. Agora sei que a verdadeira liberdade está em ti. Quero te obedecer e te servir. Teus mandamentos não são um peso (1Jo 5.3). Eles são a minha vida, foram dados para meu próprio bem (Dt 32.47). É verdade que não sou capaz de obedecê-los. Mas confio em ti, Jesus, que já cumpriu toda a lei em meu lugar (Mt 5.17; Rm 10.4).  


Quero levar o teu jugo, porque é suave. Prefiro o teu fardo, pois é leve. Cansei de carregar o meu. Meu pecado, minha culpa, minhas tentativas de autojustificação; a luta contra a carne por minhas próprias forças; o fardo da religião e das boas obras, tudo isso é pesado demais e completamente inútil. À semelhança d’O peregrino,1 deixo tudo aos pés da cruz.  


E tomo sobre mim o teu jugo, suave e leve. Pois esse, tu carregas comigo. Ajuda-me, hoje, a aceitar tua instrução e disciplina. Dá-me tua força, hoje, para obedecer ao que requeres de mim. Mantém meus pés no caminho do discipulado. 


E aprendei de mim. Sim, Jesus, é isto o que quero: conhecer-te cada vez mais. Quanto mais aprendo de ti, tanto mais minha alma descansa.  

Tu és manso e humilde de coração. Manso como um cordeiro levado ao matadouro; foi oprimido e afligido pelos meus pecados, mas não abriu a sua boca (Is 53.7). Sendo Deus Todo-poderoso, és humilde de coração. “Esvaziou a si mesmo, assumindo a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens. Assim, na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.7,8). Morreu na cruz a minha morte. Ressuscitou para me dar a sua vida. 


Manso e humilde. Ah, como isso me atrai a ti! Quero conhecer-te melhor, então me debruço sobre tua Palavra; é ela que me ensina a teu respeito. De que outra forma eu te conheceria? Tua Palavra alegra meu coração e revigora a minha alma (Sl 19.7,8). 


Obrigada, Senhor Jesus. Encontrei o meu descanso. Tu és tudo o que preciso. Tu és suficiente. Posso dizer como o salmista: “Retorne ao seu descanso, ó minha alma, porque o Senhor tem sido bom para você!” (Sl 116.7, NVI).  


Vejo almas cansadas à minha volta. Gostaria tanto que soubessem: existe alívio à disposição. Há um descanso preparado. O convite é para todos que estão cansados e sobrecarregados: Vinde a mim, Jesus oferece gentilmente.  


Gostaria de gritar bem alto: Vão a Jesus. Troquem seu fardo pesado pelo jugo dele. Aprendam dele. “Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem [a mulher] que nele se refugia!” (Sl 34.8, NVI). 


Agora vou voltar ao trabalho, Senhor. Minhas forças se renovaram. Meu coração se aquietou. E o que eu fizer, Jesus, que seja para a tua glória e o teu louvor. Amém. 



Priscila Michel Porcher 


Priscila é esposa do Marzo e mãe do João Victor e da Laila. Ela é membro da Primeira Igreja Batista em Indaiatuba, onde ama servir ao Senhor junto às mulheres e na turma de Juniores. É formada em Letras, trabalha com revisão de Português e escreveu Meninos como você, da Editora Peregrino.

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