Na semana passada recebemos a notícia do falecimento da irmã Dora, esposa do irmão Alípio. Como igreja, nos juntamos aos familiares em saudosa lembrança.
A irmã Dora partiu em uma época em que a pandemia do Covid 19 tem ceifado muitas vidas. Só no Brasil já foram mais de 623 mil mortes!
Em face do luto que aterradoramente nos bate à porta, uma pergunta me vem à mente e compartilho aqui: “O que podemos aprender com a morte?”
Há muitos séculos o sábio Salomão respondeu a essa pergunta em um de seus livros:
“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete; pois a morte é o fim de todos os homens; que os vivos reflitam nisso em seu coração.” (Ec 7.2).
De acordo com Salomão, é preferível ir a um velório do que ir a uma festa, porque isso nos ajuda a lembrar que a morte é inevitável, o fim de todos os homens. Sim, sejam ricos, ou pobres, velhos ou jovens, saudáveis ou doentes, a morte chega para todos. E com ela são cessados os sonhos, projetos, trabalho, carreira, desejos.
Por quê? Por que é assim? A morte é inevitável porque é o resultado da rebeldia do homem contra o Bom Deus (Gn 2.17). Todos morrem porque todos são pecadores (Rm 6.23).
Todavia, existe esperança! Deus, por causa de seu amor, enviou Seu único Filho para pagar com Sua própria vida o castigo que nos estava destinado. A ressurreição de Jesus é o triunfo sobre a morte que Salomão disse que é inevitável para todos os homens. É por isso que Paulo bradou com tanta alegria: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Co 15.55).
Por causa da morte e ressurreição de Jesus Cristo haverá um dia na existência humana em que não haverá mais morte. Veja o que João diz em Apocalipse:
“4 E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Ap 21.4)
Essa promessa é exclusiva para todos aqueles que creem unicamente na morte e ressurreição de Jesus Cristo para o perdão de seus pecados.
Sendo assim, irmãos, para nós que fomos alcançados pelo amor do Nosso Senhor existe a promessa de um novo tempo. Nesse novo tempo não haverá mais morte e viveremos eternamente.
Diante disso, o velório é um tempo de reflexão. Um tempo em que aqueles que ainda não confiam em Cristo se desesperam diante da inevitabilidade da morte, e, por outro lado, aqueles que são discípulos de Cristo choram a dor da saudade, mas com a firme esperança de que o tempo está chegando em que a morte encontrará o seu fim.
Pr. Nelson Galvão
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